Quando entrou no 3º andar do prédio viu que algo de estranho acontecera. A porta do apartamento do seu pai estava entreaberta. O corpo do pai de Smith estava vertido no tapete da entrada. Tinha os olhos ainda abertos a verem coisa nenhuma. Smith estancou à ombreira da porta, fundia-se com o escuro do corredor que entretanto se escurecera. Só sombras e um corpo hirto, de "rigor mortis" já bastante vincado, pele esquálida e fria. Smith baixou-se, tocou na testa do pai, fechou-lhes os olhos e passou a mão pela barba rala e mal feita, depois sentou-se na cadeira vermelha que servia para sentar quando se falava ao telefone. Sentou-se e ligou para o número de emergências. Foi a última conversa na vida daquele telefone, com o pai de Smith morria também o telefone do pai de Smith e o apartamento do pai de Smith. Quando morremos as nossas coisas morrem connosco porque deixam de ser as nossas coisas.
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