Neste artigo do portal do MAS, o Gil Garcia pergunta ao Rui Tavares: mais um partido para quê? Partilho a pergunta mas guardo-a para mim. Mais a guardaria se fizesse essa pergunta com base num texto completamente oco e esquecendo que o Rui Tavares poderia devolver a pergunta ao Gil Garcia, líder - ou coisa que o valha - do mais recente partido oficializado de Esquerda, o MAS.
Diz Garcia que o Tavares - fulanizando o LIVRE numa única pessoa durante todo o texto: estamos perante um paradoxo que se reflecte a cada passagem diante de um espelho - não vem acrescentar nada de novo ao panorama da Esquerda portuguesa e que pouco o separa do BE e até do PS. Bom, apesar de achar que a virtude não está entre o BE e o PS, já não é mau que este novo partido toque as ideias destes dois partidos, é sinal que se calhar é um partido diferente dos que existem, deve ser o tal "meio da esquerda" a que o Rui Tavares aponta.
Continua Garcia dizendo que o Rui Tavares está a criar uma provável muleta para um governo do PS. E não tem todo o direito de o fazer? Depois questiona quais são as posições do LIVRE em relação a temas como a dívida e a troika, e diz que as respostas são similares às de, novamente, BE e PS mas acrescenta o PCP no meio desta alhada. Caramba, então mas afinal o LIVRE também já tem similitudes com o PCP? Se calhar é mesmo um partido que até hoje não existia. Pelos vistos aglutina ideias de socialistas, bloquistas e comunistas. Se isto faz sentido é que eu já não sei, mas que realmente até há aqui alguma diferença por causa do espectro que tenta abranger, até há.
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