crónicas de ser e não ser num sereno ser
NOTA IMPORTANTE DO DIA 31 DE AGOSTO DE 2016
o autor deste espaço declara que actualmente não se responsabiliza pelos escritos neste blogue, muito menos pelos de há quase dez anos
No dia 28 de Outubro, Nuno Melo, do CDS-PP, então deputado na A.R., falava assim:
Estamos a 10 de Julho de 2013 e o Cavaco prepara-se, certamente, para anunciar que dará o seu apoio e aval à nova formação do governo. Nuno Melo foi um dos maiores obreiros desta nova formação, mas agora parece que não interessa a ética.
Não é nada de admirar, é só mais um pouco de demagogia do partido do Caldas, do partido que sustenta e sustentou sempre o PS e o PSD quando eles necessitaram. O discurso do CDS, no mínimo desde Manuel Monteiro que é até onde chega a minha memória pensante, sempre foi este. Contra os compadrios e a corrupção, contra a falta de ética, pelos valores cristãos, blá, blá, blá, mas no fundo é o partido que mais contribuiu para chegarmos aonde chegamos.
Do ponto de vista "deles", acho que a ética política devia ser a preocupação base de qualquer governo capitalista e liberal. Para mim, é inestética a ética ideológica capitalista, porque coloca o dinheiro como meta das políticas, mas enfim, é uma ideologia. O mínimo que os poderia manter no poder mais justificadamente, seria serem sérios em tudo o resto, mas estamos no país do "roubou para ele mas fez obra". Estamos num país em que os governos capitalistas sempre se mantiveram no poder privilegiando uma arma: a demagogia. Demagogia centrada em dois vectores: a demagogia anti-comunista e a demagogia anti-carreirista.