Diz o ditado que quando não conseguimos vencer o inimigo nos devemos juntar a ele. Há ditados populares para todos os gostos, nem sempre têm razão e muitas vezes são contraditórios, mas a UGT decidiu levar este à letra e afirmar que está de acordo com a precariedade laboral patrocinada pelo governo PSD/CDS - pela mão de Pedro Mota Soares, que parece querer elevar-se de carrasco a exterminador de precários.
O governo quer voltar a aumentar o tempo de duração dos contratos a prazo, estendendo "extraordinariamente", até 2016, a possibilidade de os empregadores não darem um vínculo de contrato permanente a quem, por lei, tem direito a ele.
Carlos Silva, Secretário-Geral da UGT ofereceu-nos esta pérola de demagogia e de aceitação de inevitabilidades: “E devo dizer, em nome do pragmatismo, que, entre desemprego, que é uma chaga social, e a precariedade laboral, que é outra chaga social, costuma-se dizer que venha o Diabo e escolha, mas há uma pior que a outra: é preferível termos contratos precários do que não termos contrato algum”. A UGT passou-se para o lado daqueles que aceitam a precariedade como solução no combate ao desemprego. O Carlos Silva, como sindicalista que é, sabe que com o aumento da precariedade tem aumentado o desemprego?
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. UGT atira a toalha ao chã...