Nesta vida tenho poucas certezas, mas há uma coisa que é certinha como sei lá o quê, as melgas são o bicho mais irritante à face da terra! Era matá-las a todas e que se lixe o ecossistema!
Estava há pouco a pensar e: Julio Iglesias em português seria Júlio Igrejas, ou seja, é mesmo um cantor pimba!
"A sua chamada está em espera, por favor aguarde um momento. Obrigado."
Hoje o dia está a deixar-me contente, não por hoje propriamente, apesar de estar à espera da final da Champions! VAMOS BARÇA! Mas acabei de comprar a viagem para Buenos Aires. Digam lá que isto não deixa qualquer um bem disposto? E o mais interessante é que já falta menos de um mês!
A sua vida está em espera, por favor aguarde um momento. Obrigado.
"Acho que não sou capaz de ser feliz, basta ver esta história de nascer e morrer, se uma pessoa pensar nisso não pode andar sempre muito contente."
Amália Rodrigues
Porque esta música é o Rio Tejo quando desagua e também é o Mondego a desaguar, tal como o Douro e o Sado e o Minho.
Porque esta música é quando alguém emigra para França ou para Alemanha, mas também é quando se volta à terra.
Porque esta música é o cheiro da terra molhada no Alentejo, mas também no Algarve e nos Açores.
Porque esta música é um queijo da Serra, mas também é um queijo de Serpa.
Porque esta música é uma criança a chorar ao colo da mãe enquanto apanham o 28 para a Graça.
Porque esta música é quando um filho enterra um pai e quando um pai enterra um filho.
Porque esta música é quando alguém olha nos outros de outro e não consegue sair de lá nunca mais, mas também é quando se discute por amor ou por raiva.
Porque esta música é o nosso primeiro beijo e o nosso último adeus.
Porque esta música é quando uma foice do Minho corta trigo, mas também é uma foice alentejana a cortar centeio.
Porque esta música é o caminho que todos os dias fazemos para o trabalho e o de volta a casa.
Porque esta música é acordar num domingo de sol no verão e decidir ir ter com milhares de pessoas numa praia do Algarve.
Porque esta música é quando tentamos não pagar uma multa, quando tentamos fugir aos impostos, quando achamos que a salvação nacional depende de um golo da selecção, é quando dizemos que está tudo mal, mas também é quando dizemos que somos os maiores e que só não somos mais produtivos porque os patrões são maus.
Porque esta música é quando vamos para casa no fim de uma noite de bebedeira com os amigos, mas também é essa noite toda, e todos os abraços que lhes damos, e os sorrisos que fazemos a raparigas com decotes generosos ou a rapazes a quem as calças assentam bem.
Porque esta música é uma imperial muito fresquinha bebida na Praça do Peixe em Aveiro, no Piolho do Porto, no Bairro Alto de Lisboa, na Sé de Viseu, na Praça da República de Coimbra.
Porque esta música somos todos nós quando atravessamos o Tejo de cacilheiro e nos emocionamos, é quando, mesmo fazendo a viagem todos os dias do ano achamos que é sempre a primeira vez em que o estamos a fazer e por isso suspiramos e temos força para continuar.
Porque esta música é o verde e o vermelho da bandeira.
Porque esta música são os heróis do mar deste nobre povo, mas também os piratas deste pobre povo.
Porque esta música é o nosso 8 e o nosso 80.
Porque esta música é uma estrada secundária no interior mas também no litoral, e no norte e no centro, e no sul e nas ilhas.
Porque esta música é uma festa de Santo António e de São João.
Porque esta música é o sol a por-se na praia de Mira, na praia da Figueira da Foz, na praia da Costa da Caparica, na praia de Espinho, na praia de Moledo.
Porque esta música é um golo do Eusébio, uma nota da Amália, um traço do Almada, um pensamento do Agostinho da Silva, uma pedalada do Joaquim Agostinho, uma passada do Carlos Lopes e da Rosa Mota, uma palavra do Saramago, do Lobo Antunes e do José Luís Peixoto e do Torga, é um debate do Cunhal com o Soares, é uma reportagem do Pessa e um poema do Pessoa, é um canto do Camões e uma declamação do Viegas, é um projecto do Siza e um filme do Joaquim de Almeida, é o José Rodrigues dos Santos a dizer-nos "boa noite e até amanhã", é o Vaz Marques da TSF e o Macedo da Antena 1, é uma crónica do Ricardo Araújo Pereira, é uma personagem do Herman e um desenho animado do Granja.
Porque esta música é o D. Sebastião a perder-se em Alcácer-Quibir.
Porque esta música somos mesmo todos nós.
Porque esta música É e vamos sempre continuar a sê-la.
Sim, tenho de fazer uma menção ao futebol, peço desculpa mas é merecido.
Quero falar de Paolo Maldini, jogador do A.C. Milan e da selecção italiana. Começou a jogar aos 16 anos no Milan e pouco depois na selecção, e acaba esta época a sua carreira com quase 41 anos feitos. Fica aqui a minha pequena homenagem a um jogador que sempre admirei pela sua postura em campo, pela classe e competência e, simplesmente, por ter sido um dos melhores do mundo, arriscaria a dizer de sempre.
Não é fácil manter uma carreira de 25 anos sempre no topo! Obrigado Paolo!
Porque no fundo Portugal é um dos países do mundo com mais História. Infelizmente essa História está cheia de burlões, aproveitadores, chicos-espertos, déspotas, dirigentes que sempre deveram muito à inteligência e que aos poucos e poucos foram destruíndo a força de quem cá vive, tornando-nos um povo soturno, um povo que necessita de imensas doses de alcoól para encontrar a diversão escondida dentro de si. Um povo que deixou de acreditar em especiarias da àsia ou apoios comunitários da união europeia.
Mas como diz o Chico, e como dizia Fernando Pessoa, temos algo para cumprir, temos de, unidos, levantar de novo este país cansado de tanta porrada de quem o foi governando ao longo dos tempos.
Para isso temos de ser nós a fazer por isso. Não vejo é força de vontade à minha volta...alguém interessado?
E com este já lá vão 26.
"Quando dormimos somos todos iguais, nem bons nem maus, nem importantes nem insignificantes."
Raquel Pais
Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai
Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim
Letra: Vinicius de Moraes, com uma perninha do Tom Jobim, parece-me
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